Apologia ao Professor, pesquisador e jornalista: o memorável Wilson José Lisboa Lucena

Texto produzido e apresentado pelo Acadêmico Luciano Santana Rocha,
por ocasião da Sessão Solene de homenagem póstuma, da APLACC,
realizada no dia 17 de agosto de 2019, em Penedo/Alagoas.
Homenagem Póstuma - Wilson José Lisboa Lucena

Wilson José Lisboa Lucena

É JUNHO…

(Ao imortal confrade jornalista, autodidata e pesquisador José Wilson Lucena).

Chove uma chuva de lágrimas no despedir-se da banda.

Comentarmos sorrindo aquela reunião de ontem ao telefone

não adianta mais, parceiro. Partiste .

A vida , vento fugaz,

passageira nuvem, louca aventura no oceano, às vezes de altas ondas,

de transmigração em transmigração, rumo ao Grande mar.

Partiste, é verdade, com a doce cantoria dos pássaros da hibernal madrugada,

No advento da tão-sonhada manhã.

É junho…

Como impedir o gole do vinho amargo da dor

em plena e louca e insaciável sede?

Como despedir-se, velho Netuno, da imortalidade ante o ir-e-vir

do mar da louca vida a lamber a praia?

É junho…

Se não podes mais, meu velho parceiro, veres, ouvires

“a banda passar tocando coisas d’amor”

Floriano Peixoto afora, prossegue, parceiro,

que as trombetas da aurora rumo ao Grande banquete te chamam.

Contudo, sê, meu caro amigo, pelo menos,

em meio a essa tenebrosa noite escura que ainda atravessamos,

em lágrimas, aquele “zanzinho-de-guarda” que há de apontar o dedo para o

infinito, indicando-nos a estrela-guia!

(Acadêmico Luciano Santana Rocha)

 

QUANDO A BANDA PASSA

À memória do acadêmico Wilson José Lisboa Lucena

Nos coretos, silenciam-se os últimos solfejos:

clarinetas, trombones, bombardinos, partituras

dormem agora nas estantes, histórias guardadas

em tantos escaninhos.

E assim passou a banda, finalmente, como a vida

descendo a avenida.

Ficamos, enquanto um dobrado ainda ecoa na esquina,

retinindo tua presença, sorrisos, frases, alegrias.

A retreta, no entanto, continua:

mudou-se para a Praça do Infinito,

habita agora a Sede da Lembrança;

ressoa como este pranto, este aceno.

Ficamos, mas sabemos que um dia

todas as bandas lá estarão, no Grande Encontro.

(Acadêmico Francisco Araújo Filho)

Nascido em 20/02/1956, Wilson José Lisboa Lucena é um alagoano de Penedo, onde estudos e sempre militou culturalmente. Aos 11/12/1975, tomou posse, como bancário na agência local do Banco do Brasil, enveredando por uma auspiciosa carreira bancária, na qual exerceu em seis unidades, o cargo de gerente geral, aposentando-se em 27/02/2007. Na agência da Rua do livramento, em Maceió. Em 18/05/2005 graduou-se em Jornalismo pela UFAL. Entrementes, dedicou-se a colecionar obras raras, compondo uma valiosa biblioteca. Enfim integrou-se a nossa Academia Penedense de Letras, Artes, Cultura e Ciências (APLACC). Embora não tenha sido músico, no entanto, o nobre acadêmico elegeu voluntária e efetivamente a leitura e a música como seus hobbies favoritos em Alagoas, sobretudo na nossa tão amada e decantada Penedo, burgo e cemitério alagoano de grandes poetas, onde fincou domicílio  me Maceió, tendo afinal na APLACC, aportado seu barco. Autodidata, voluntariamente dedicado às letras, humanista, com extremo domínio à língua-mãe ou padrão, de forma que, quando consultado, atendia prontamente já que a usava com certa dificuldade na oralidade, entretanto com certa elegância e desenvoltura na escrita.  Divulgador e incentivador, juntamente com uma plêiade de entusiastas, da cultura e da boa música alagoanas, participando, inclusive, efetivamente, dos eventos de maior relevância cultural, além das múltiplas atividades artístico-musicais, de apoio a inumeráveis retretas alagoanas, fossem do litoral ao sertão.

Ingressou na APLACC, tendo após o seu ingresso, incentivado seu irmão primogênito, o também saudoso Pastor Wilton Lucena a nela também ingressar. Em nossa academia ideou e manteve o projeto de publicação de seu trabalho de pesquisa acerca da historiografia das Bandas de Música alagoanas: “Tocando amor e tradição: a banda de música em Alagoas. Segundo o magistrado e bibliófilo Claudemiro Avelino de Souza, “Um resgate histórico-documental, cujas nuances e fatos, a poeira inexorável do tempo tendia a ocultar”. (DE SOUZA, 2016). Pessoa que demonstrava certa versatilidade na escrita. Foi operário na Fábrica da Passagem Nova, município de Neópolis na sua tenra juventude e, a posteriori, aprovado no concurso ou certame do Banco do Brasil nas primeiras colocações.  Passado não muito tempo, assumiu o cargo de gerente no referido Banco em várias cidades do interior alagoano prestando relevantes serviços àquela instituição e foi merecidamente reconhecido. Arguto e sagaz pesquisador, deixou como legado à sociedade alagoana o supracitado livro de pesquisa, haurida ao longo de anos a fio, uma contribuição “primus inter pares” , eivada de temáticas inusitadas, numa tentativa de preencher a lacunosa historiografia alagoana, repita-se, acerca das bandas de música alagoanas, histórico e trajetória de vários maestros. Vale frisar ainda que o saudoso acadêmico da nossa APLACC, professor e jornalista, que a publicação de tal obra trata-se de mérito não só ao seu autor, bem como à sociedade penedense, e em especial a essa egrégia instituição, como um marco indubitavelmente relevante à cultura e historiografia alagoanas, mérito também à nossa Academia, em destaque, a relevante qualidade textual, com certo valor linguístico à elaboração de seus textos, sobretudo  na significante qualidade de pesquisador, apologia minha justa a este nobre filho penedense que possui uma meritória página de serviços prestados não só à nossa terra, bem como a sociedade alagoana como um todo.

Lembro-me de quando criança brincava, livremente perambulava pela Rua Ulisses Batinga, naquela tão-amada nossa “Rua dos poetas de Penedo”, quando ia para o nosso tão amado ‘Grupo Escolar Gabino Besouro’, via-o passar para o Colégio Diocesano, no alvor das manhãs, junto do também saudoso irmão, amigo, confrade, ex-colega nosso acadêmico, Pastor Wilton, outro esteio na história de nossa academia. Nada casmurros, senão risonhos, papeando, altivos, vestidos numa indumentária escolar, numa farda, calça azul-marinho, sapatos pretos e blusa branca, dirigiam-se ao referido colégio e eu, em pura inocência, pueril que era ali, nada imaginativo de que, a posteriori, viéssemo-nos encontrar nesta casa cultural penedense, alagoana e brasileira, a ocuparmos cadeiras, já a priori, ocupadas por outros ilustres penedenses, prestadores de grandes serviços a nossa terra-mãe, berço de nossos avós e de inumeráveis poetas, dentre eles, o memorável parnasiano-simbolista Sabino Romariz, de cadeira n° 07, cujo ocupante é este que vos fala. Vale ressaltar que ambos os irmãos honraram-nos com suas nobres e valorosas presenças de seres humanos dignos, honestos, mui honrados pais de família. Amantes da cultura, ambos merecem aqui o nosso verde ramo de PAX ET SPES (De paz e de esperança), amigos ilustres agora noutro plano, junto ao Grande Arquiteto do Universo, na casa do Pai.

Aos domingos lá estava seu genitor, o saudoso amigo de nossa família, homem também culto, sério, de estatura mediana, em seu escritório de contabilidade, ali extremamente dedicado aos seus oito filhos, à esposa, a digníssima Maristela, mais conhecida como Dona Estela, amiga-irmã de minha saudosa mãe, Dona Celsa. Ambas as pessoas, ele e ela, amigos-irmãos fiéis de meus pais, naquela nossa memorável e tenra infância em Penedo. Naquela mesma supracitada rua, que também é minha de nascimento e o foi de morada, por longo calendário, até quando bati definitivamente as asas para o mundo; via-o ali, perspicaz, devorando livros, os mais variados, que os guardou num dos valorosos acervos de obras e escritores, interdisciplinar, inclusive de música não só alagoana como clássica, bem como de literatura, a exemplo de Graciliano Ramos, Jorge de Lima, Sabino Romariz, as minhas obras, dentre outros poetas e exímios escritores do cenário brasileiro, do estrelato alagoano, dessa terra por nós mui amada, cemitério de poetas, refúgio do colega Wilson nos momentos de folga ou descanso. Boêmio, mecenas, (protetor, patrocinador das bandas de música, da arte, das letras, dos artistas e instrumentistas, dos maestros da primeira à enésima grandeza).

Falar mal da música de qualidade diante de Wilson Lucena “seria uma profanação, o mesmo que profanar o ninho de um beija-flor”, nisso não insistisse quem quer que fosse, digo eu utilizando-me da Musa Poesia neste azado momento de lembranças e de relembranças deste nobre cidadão penedense, do tão digno e saudoso meu irmão-camarada de inumanas lutas. Sem dúvida, um desbravador, um lutador, um idealista, capaz de ficar de mãos e bolsos vazios, contudo investir até a alma, em detrimento de si mesmo, porém a favor da música etecetera, só para “ver a banda passar, tocando coisas d’amor” em riquíssima melodia, rara beleza e pura poesia.  Bandas que tocaram a alma alagoana, que reproduziram estados afetivos, referências ao nosso agônico Velho Chico e a outros rios e lagoas dessas e d’outras plagas, sertanejas, até, como as de Pão de Açúcar, as de Traipu, dentre outras. Que fizeram referência a elementos comuns, pitorescos das Alagoas, à fotografia do real psicológico de nossas mais inumeráveis paisagens, em tons sugestivos, poéticos, conotativos, musicais, sinestésicos, aliterativos… Obras do xote, xaxado, baião, marchinhas, frevos, dobrados… De grandes maestros como os nossos também saudosos: Sub Raimundo Santos, Maestro Catarina, o nosso mestre Luís Freire além do registro dos atuais: João Batista Rocha, Douglas Felipe, Antônio Emanuel Rocha, Nelson Silva, Eraldo José da Trindade etc, a exemplo disso, o Professor Luís Freire, que nos ensinava gratuitamente. Homens que formaram gerações de músicos, de artistas espalhados pelos mais rincões e distantes lugares e plagas deste imenso país. Despojados, d’almas puras, alegres, festeiros, irmanados, disciplinados, sonhadores, voluntários, enfim grandes idealistas, frutos em extinção na contemporaneidade. Que ensinavam na digníssima Sociedade Musical Penedense, no Montepio dos artistas etc, pelo mero prazer de ensinar, para, repita-se, “ver a banda passar, tocando coisas d’amor”, em riquíssima melodia, rara beleza e pura poesia. Formaram não só seus coetâneos tanto quanto a nossa geração que agora dá continuidade, num belo e maravilhoso ciclo, rumo às gerações atuais e futuras, às que virão com certeza.

Portanto, deixo aqui essa breve, sincera e não mais do que honesta homenagem ao saudoso professor, pesquisador, confrade, colega acadêmico, como queiramos denominá-lo, feliz não só por sua trajetória junto à musica e à academia, o imortal  Wilson José Lisboa Lucena, de saudosa memória, eterno imortal da APLACC, ocupante  relevante  de uma de nossas cadeiras, agora vaga para ser ocupada efetivamente por seu predecessor. Faz-se mister frisar que ora o defendo e o rememoro com a alma repleta, prenhe de incomensurável júbilo; de poder, nesse tablado, nessa digníssima tribuna, de maneira digna e respeitosamente louvá-lo.  Devemos, portanto, reconhecer não só o talento bem como o esforço de um assíduo pesquisador que, malgrado não tenha sido músico, por essas plagas viveu e por elas apaixonou-se perdidamente não só pela música.  Utilizo-me aqui dum verso do também acadêmico, ocupante da cadeira a qual ocupo; o “Poeta das Rosas Vermelhas”, também de saudosa memória, Maurício Gomes, que no poema “Igreja da Corrente”, utilizou-se da prosopopeia, personificando-a, como se ela com sua vetusta beleza fosse alguém de carne e osso, a contemplar a outra inata beleza do Rio São Francisco: assim também o nobre parceiro, amigo irmão-camarada, a contemplar a música, o ribombar dos agogôs, tamborins, pandeiros, cuícas, saxofones, trompetes, trombones, as trompas de harmonia, enfim a orquestra toda, a maravilhosa sinfonia de Deus, a cantoria dos pássaros, a beleza das rosas, das páginas dos livros, dos mais belos contos, romances, as mais belas histórias que nossos avós nos cantaram, as canções de ninar cantadas por eles, os mais belos poemas. Enfim, o “Penedo vai, Penedo vem, Penedo é terra de quem quer bem”. Tenho dito e muito obrigado!

BIBLIOGRAFIA

DE SOUZA, 2016. in: LUCENA, Wilson J. Lisboa. Tocando amor e Tradição: A Banda de Música em Alagoas. Ed. Viva, 2016.

LUCENA, Wilson J. Lisboa. Tocando amor e Tradição: A Banda de Música em Alagoas. Vol. I e II. Ed. Viva, 2016.

O legado que nossa mãe nos deixara

(Para minha genitora Maria Santana Rocha (Dona Celsa))* 15.07.1930 + 23.02.2012)

(Prof. Luciano Santana Rocha, poeta e contista penedense, ocupante da cadeira de número 07 da APLACC)

Só um romance descreveria a trajetória árdua, contudo feliz de minha mãe. Nasceu em Simão Dias-SE e veio habitar em Penedo nos anos idos de 1950, após ter conhecido meu pai, Manoel Sabino Rocha, popularmente conhecido como Sr. Né, terceiro franciscano, homem despojado de vaidades, trabalhador honesto, de boa índole. O conheceu quando o mesmo foi restaurar juntamente com o Mestre Antônio Pedro dos Santos, de saudosa memória, a matriz de Nossa Senhora de Santana em Simão Dias, no sertão sergipano.

Passou a vida inteirinha dedicada aos filhos, ao marido e às pessoas a sua volta, fossem as da rua, as da comunidade eclesial, no convento de Santa Maria dos Anjos, na vetusta Penedo, cidade histórica, às margens do Rio São Francisco. Lembro-me, quando pequenote, a gente encrencava na rua, que alguma vizinha corria, num bater de pestanas, e ia reclamar que um de nós havia discutido com um de seus filhos ou o xingado. Naquele instante, antevendo tudo, sabiamente ela respondia: “Deixe os meninos, mulher! Hoje eles encrencam e amanhã estarão de mãos dadas. Criança é assim mesmo. Nós adultos é que não podemos viver de mal- querências, criatura!” E assim ela ia resolvendo pragmaticamente os problemas da vida. Quando alguém lá em casa achava um objeto perdido, digamos assim, um relógio, outro qualquer, ela procurava saber onde foi e como foi o ocorrido. Se de casa saíamos para algum lugar, se íamos a alguma festa, distintamente dos dias de hoje, quando a maioria cria seus filhos à toa, avisávamos com quem andávamos e quando voltaríamos. Em suma, não vivíamos na permissividade moderna. Não havia internet, mas mesmo assim, fazia-se mister o controle. Lembro-me de quando ela afirmava “que para ser feliz não seria preciso ter que ter riquezas e bens, e que para tal bastava a pessoa amar e respeitar o direito dos outros não só de ir-e-vir, mas sobretudo de viver e de se ter múltiplas escolhas.” Sem necessariamente ser uma mulher culta, erudita, minha mãe tinha em si as sensibilidade e sabedoria que aprendera na vida, na convivência diária, no ideal do Poverello de Assis.

Quando alguém emudecia depressivo ou prostrava-se doente, ali estava definitivamente ela, de mangas arregaçadas para ajudar e só saía dali quando a pessoa restabelecia a saúde. Passasse pelo que passasse nunca a vi de mau-humor, ruminando, reclamando da vida; pelo contrário resignadamente afirmava: “Deus proverá”. E assim prosseguia, acordando no alvor das madrugadas ou debaixo daquelas chuvas torrenciais para de nós prontamente cuidar, arrumar-nos para a escola, fazer-nos o café matutino em seu fogão de carvão e muitas vezes até de lenha. Criou-nos na honestidade e sempre nos aconselhava. “Meus filhos, certo vive, quem certo anda”. “Quem o bem fizer, pra si lhe é”, “Diga-me com quem tu andas que eu te direi quem és”, entre outros inumeráveis adágios e conselhos.

Relembro ainda quando de casa saía que eu, um dos mais a ela apegados, lhe indagava qual o seu itinerário, e ela me respondia com um sorriso meigo e franco: “vou com as irmãs da Ordem levar a comida dos presidiários”. Noutro dia: “Vou visitar a irmã Judite que está doente e depois os idosos no Lar de São José e de São Vicente de Paula”. Ou ainda: “Vou com o pessoal para a campanha solidária em prol das crianças carentes do Alto da Pólvora.” Que legado este que nossa nos deixara! O da justiça e o da compaixão e acolhimento para com quem sofre! Por isso mesmo, mais do que merecido o poema póstumo, por mim composto no dia de sua partida para a terra da hogeneidade:

DESPEDIDA PARA MINHA MÃE

Relembro ainda e além de tudo a minha infância
Vivida pelos campos, pelos prados da vetusta Penedo.
Por aqueles becos, por aquelas ladeiras, mansas plagas,
Sob os afagos de minha mãe, sob seus ternos beijos…

Certo dia cresci, pro mundo bati estrada e depois
Regressei pro meu regaço, para as flores de minha janela.
Doirava um sol loirinho, não me esqueço de nada,
Nem dos conselhos de minha musa, dos doces beijos dela.

Hoje, homem feito vejo, choro e obviamente lamento
Minha bem-amada partir numa tarde de desencanto.
Contudo, na dor, junto a meus irmãos eis o desejo:

De, quiçá, um dia encontrarmo-nos paradisiacamente juntos
Numa eternidade de glória, de luz, de puro encanto,
Sem mais dores nem saudades, sem mais nenhum tormento.

Enfim, fica para nós seus dez filhos, seus rebentos, o mais puro e digno exemplo de alegria na pobreza, justiça no relacionamento social, acolhimento aos menos-favorecidos, simplicidade e humildade, paciência no sofrimento, disposição para o trabalho e, acima de tudo, de decência, partilha, luta por um mundo mais justo. E como retribuição, a partida com a consciência traquila de que se lhe cumpriu a missão dada por Deus. Passar por esse mundo e nada dele levar senão um espírito vivido na plena paz e no sumo bem.